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Montag, Februar 21, 2011

BBB: Big BURRO Brasil (Ou Big BOSTA Brasil Parte II)

Autor: Antônio Barreto

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.


Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

Freitag, Februar 04, 2011

BBB: Big BOSTA Brasil

Texto de Fernando Veríssimo

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.

Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?

São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..

Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.

Donnerstag, Januar 06, 2011

Holodomor: o covarde regime de fome imposto à Ucrânia


Tive a oportunidade de assistir uma palestra do nosso grupo de pesquisa com o professor Volodmyr Galat, ucraniano e que figura, inclusive, no documentário Made In Ucrânia – Os Ucranianos do Paraná, de Guto Pasko. O tema apresentado foi o Holodomor, um dos vários regimes de fome que a URSS instalou na Ucrânia.

O tema é extremamente rico em detalhes. De forma super resumida, em 1932-1933, o governo da URSS confiscou toda a safra de grãos e qualquer tipo de produção agrícola da Ucrânia, vendendo a “preço de banana” para os paises centrais da Europa, deixando que os ucranianos morressem de fome (holodomor é a tradução literal de "matar de fome" em ucraniano).

O motivo disso? Simples: de todas as ex-repúblicas da União Soviética, a que tinha o maior espírito de nação, no sentido de anseios comuns de um povo, era a Ucrânia. Então, a Ucrânia sempre representou um certo perigo para a URSS, pois embora a influência russa seja intensa até hoje nas metrópoles, a Ucrânia sempre foi dotada do "Volksgeist". A Ucrânia era, na verdade, uma grande pedra no sapato soviético. No entanto, a Ucrânia era (é) muito interessante por causa de suas terras férteis, seus gases naturais e pela saída para o mar, através do porto da Criméia. E para bater de frente com todos esses anseios, que eram fortes, a URSS teve que jogar baixo. Ouve três fomes organizadas contra a Ucrânia, sendo a pior de todas o Holodomor.

Muitas pessoas, ao se referirem ao Holodomor, usam o termo “holocausto ucraniano” devido ser uma ação deliberada de extermínio do grupo étnico-social ucraniano.

Uma curiosidade é que, com todos os dados escancarados, pouquíssimos países reconheceram o Holodomor como um genocídio. No Brasil, apenas o estado do Paraná reconheceu, individualmente. Em âmbito municipal, a cidade de Curitiba e de Prudentópolis, fortemente colonizadas por imigrantes ucranianos, possuem resoluções oficiais de reconhecimento do genocídio, além da cidade do Rio de Janeiro. O Paraná, como é fato, recebeu cerca de meio milhão de ucranianos entre o fim do Séc. XIX e metade do Séc. XX. Em Curitiba existem dois memoriais às vítimas do Holodomor: na Praça da Ucrânia e no Memorial Ucraniano do Parque Tinguí – foto acima.

Mittwoch, Januar 05, 2011

Eu acuso: Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes

Texto de Igor Pantuzza Wildmann - Advogado, Doutor em Direito e Professor universitário

Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...) (Émile Zola)

Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!).

A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.

O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.

Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática.

No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...

E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.”

Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente...

Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.

Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.

Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:

EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;

EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;

EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;

EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;

EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;

EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;

EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;

EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;

EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;

EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;

EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,

EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;

EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.

EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;

EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;

Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia.

Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.

A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”

Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.

Dienstag, Dezember 28, 2010

Copa do mundo em Curitiba: na Vila Capanema?

Muito provável. Vamos começar pelo começo: todos sabem que o terreno onde está construído o Estádio Durival Brito e Silva – Vila Capanema – e de propriedade da União Federal. E ontem, o governador Orlando Pessutti formalizou um pedido à União para que a área onde está localizado o estádio seja repassada ao Governo do Estado do Paraná, através de uma cessão de uso. E, caso isso venha e se concretizar, a casa do Paraná Clube estaria definitivamente inserida nos planos da Copa Do Mundo de 2014.

Juridicamente, qual é o rolo? Então vamos lá!

1. O terreno onde está o estádio é da União, mas a construção não. Então, de acordo com o próprio documento, a área passaria a ser controlada pelo governo, mas o uso continuaria a ser do Paraná Clube, sucessor do Clube Atlético Ferroviário, legítimo construtor da obra.

2. Passando a área ser administrada pelo Estado do Paraná, o que ele poderia fazer? Simples: demolir a atual obra, construir um novo estádio (público, com as verbas do próprio governo) e conceder, posteriormente, o uso ao Paraná Clube. Como se faria tudo isso?

3. Simples também: usar-se-ia a verba que seria para a Arena. Por óbvio que seria necessário mais dinheiro, mas este pode retornar ao Estado após a copa, pois a tendência é que seja firmado um contrato de comodato oneroso com o Paraná Clube, semelhante ao Engenhão, que foi cedido ao Botafogo. Já o dinheiro investido na Arena jamais seria visto novamente.

4. Pode haver comodato de bem público para uso particular? Pode. Em regra geral, os bens públicos não podem ser alienados, mas existem exceções. A concessão de uso é uma delas. O Estado se livra de eventuais despesas com aquele bem, que passa a ser administrado, usado e explorado pelo particular, que paga ao Estado por isso.

Apenas temos que ficar atento para que o Estado faça um bom contrato de concessão, pois o comodatário jamais poderá usar o bem de maneira adversa daquela contratada. Já publiquei aqui mesmo um artigo criticando a forma como foi concedido o estádio Engenhão ao Botafogo e a Arena Multiesportiva, criada para os jogos Pan-Americanos, concedida a um banco. Nesses dois casos, ou o Estado não fiscaliza o uso desses bens, ou eles foram literalmente “entregues” para os particulares. Leia o artigo completo.

Resta saber se o Paraná Clube, falido, teria condições financeiras de administrar um bem desse porte. Não podemos esquecer que um dos requisitos para a concessão do bem público é justamente a realização de uma licitação para escolher quem estaria melhor preparado para administrar o bem. E aí o próprio Coritiba poderia até entrar na jogada, caso mostre melhores condições.

Por fim, como esse é o meu blog, minha humilde opinião pessoal: sou totalmente a favor! Primeiro porque geograficamente a Vila Capanema é melhor do que a Arena. A Av. das Torres, que vem do Aeroporto até o centro, é caminho para o estádio. Segundo porque o interesse público vai além do estádio e da copa: seria o fim da favela da Vila Torres, melhorando a vida das pessoas que ali residem e de toda a região. Terceiro porque seria a construção de um estádio público, com verbas públicas (independente de parcerias público-privado). O Paraná Clube não vai ganhar um estádio novo, como o Atlético ganharia. Vai pagar pra jogar, retornando, aos poucos, o dinheiro investido para os cofres públicos. Mesmo assim, o Paraná Clube iria se beneficiar de uma excelente estrutura física, caso consiga bancar. Quarto porque é mais facil bancar um estádio desta forma, atraves de PPPs do que vendendo "títulos de potencial construtivo". Não é uma venda de terreno na lua. O estado tem dinheiro e as garantias são reais.

Todos sabemos que o Pessuti não se candidatou à reeleição porque será escolhido como secretário da copa para o ano que vem. Portanto, acredito cabalmente nesse plano. Já existem projetos, maquetes e tudo mais. Além disso, por que será que as obras na arena ainda não começaram? Simples: porque a copa não será lá!

Mittwoch, Dezember 08, 2010

Das Problem der Einwanderer!

Eine guter und interessanter text über Rassismus! Nahm sich die Zeit ins Deutsche zu übersetzen und erzielte auf meinem Faceebook - von Felipe Kolz facebook!

Ihr Auto ist JAPANER. Ihre Pizza ist ITALIENISCH. Ihre Kartoffel ist DEUTSCH. Ihr Wein ist CHILENISCHEN, SÜDAFRIKANISCHEN. Ihre Demokratie ist GRIECHISCH. Ihr Kaffee ist BRASILIANISCH. Ihr Tee ist TÜRKISCH. Ihre Mode ist FRANZÖSISCH. Ihr Hemd ist INDER. Ihre Schuhe sind THAI. Ihre Elektronik ist CHINESISCH. Ihre Wodka ... ist RUSSISCH. Und Sie beschweren sich, dass Ihr Nachbar ... ...... ist ein EINWANDERER? Reiß dich zusammen! Kopieren Sie, wenn Sie sich gegen Rassismus!

Montag, September 20, 2010

O Sul é o meu país - Por que o movimento nacionalista no Sul é mais forte?

Por que o movimento nacionalista no sul é mais forte? Mais do que a alegação de inúmeros absurdos como preconceito de nossa parte, aproximação do nazismo ou porque o sul é diferente devido ao clima, convém analisarmos os fatores históricos que contribuíram para esse cenário.

Não se trata de anseios ou, na pior das hipóteses, apenas deles. No entanto, não há de se descordar que o instrumento que realmente fortalece o espírito de uma nação é uma guerra. E exemplos para isso não nos faltam. Um deles se faz importante citar: a Guerra dos 100 Anos. Tratava-se de um disputa pela região de Flandres. Naquela época havia muitos feudos ingleses em terras com maioria francesa. O idioma e o fortalecimento do rei francês sobre os feudos de mesmo idioma foram criando um sentimento de nação sobre o povo, que passou a ver os ingleses como inimigos, embora isso tenha levado muito tempo. Mesmo com os feudos em decadência e com o fortalecimento do rei, algumas figuras como a de Joana Darc inspiraram os franceses, fortificando assim o sentimento de nação. A contra resposta inglesa desencadearia para eles o mesmo sentimento nacionalista. Além, a Guerra dos 100 Anos contribuiu para o surgimento de um dos elementos constitutivos do conceito moderno de Estado-Nação: a constituição de um exército permanente.

Para citar exemplos contemporâneos, podemos mencionar a Argentina no conflito do Canal de Beagle contra o Chile e a guerra das Malvinas contra a Inglaterra. Ainda, a humilhação sofrida pela Alemanha com o Tratado de Versalhes pós 1ª guerra mundial, criando as condições ideais para a germinação do nacional-socialismo, mas que infelizmente deu vez à “Arkitetur des Untergangs”, a arquitetura da destruição de Hitler, convolando-se no terrível regime nazista. Daí se dá a infundada e impensada alegação da aproximação do movimento o Sul é Meu País com o regime fascista.

É evidente que algumas guerras vazias nada colaboraram com o fortalecimento do espírito de nação, como a do Vietnã, por exemplo. No entanto, o Brasil é desprovido do sentimento nacionalista devido ao fato de nunca ter sido o figurão de uma grande guerra. E em contrapartida, as guerras mais sangrentas dentro do atual território brasileiro se deram em terras sulinas, como a Revolução Farroupilha no século XIX e a guerra do Contestado, nesta, chegando a ser declarada uma monarquia "sulista" pelos insurgentes, além da Guerra da Cisplatina e da Sedição de 1830.

Desde o seu início, o Brasil careceu de sentimento nacionalista. Quando tornou-se independente de Portugal, o governo tomou providências para defender os interesses de seu povo. Mas afinal, quem era o povo brasileiro? Ora, restavam no Brasil os portugueses remanescentes, estes que ocupavam os maiores cargos do império e do exercito. Escravos e índios não tinham vez. Na época, Dom Pedro I propôs um modelo de governo unitário (mantido até hoje), indo contra a idéia liberal sulista, que sugeria um modelo de governo que desse maior autonomia às províncias. O Partido Restaurador almejava o retorno de Dom Pedro I, idéia conflitante com a do Partido Liberal. Mesmo não sendo, até então, um movimento separatista, a melhor solução em vista seria o desmembramento, assim como ocorreu com a província da Cisplatina, atual Uruguai, pois se constatou certamente que o conflito iria longe. Hoje, as idéias separatistas ainda estão presentes na Região Sul por ser não somente uma questão política, mas também cultural. No estado do Rio Grande do Sul e em muitos municípios de Santa Catarina e Paraná comemora-se oficialmente a Revolução Farroupilha, justamente pelo ato de revolta contra o império brasileiro ter sido considerado, sobretudo, um ato de coragem e de bravura pelos sulistas. Durante a semana do dia 20 de setembro, aniversário da revolução, os diversos Centros de Tradições Gaúchas espalhados por todo o Sul festejam a data lembrando os méritos desta revolta separatista. Na própria bandeira do Rio Grande do Sul ainda consta a inscrição "República Rio-Grandense" sob os moldes da bandeira criada para o novo país. Em Santa Catarina, a revolucionária Anita Garibaldi é considerada heroína do estado e não faltam estátuas, ruas e praças em homenagem a ela. Festeja-se todo ano na cidade de Laguna-SC a encenação da Tomada de Laguna, evento que declarou a República Juliana durante a Revolução Farroupilha. Bento Gonçalves, Antônio de Sousa Neto, Giuseppe Garibaldi e Davi Canabarro são considerados como os “Joana Darc” gaúchos. Isso justifica o espírito de fervura sulina.

Em suma, além do Brasil não ter conseguido despertar um grande sentimento nacional, ainda conseguiu afastar o que restava de uma parte de “seu povo”. Na contemporaneidade, o que se discute não é necessariamente um desmembramento, mas uma simples autonomia. Se o Sul possuísse uma fronteira geográfica com o resto do Brasil, através de um grande mar, lago ou até mesmo montanhas, certamente já teria sido declarada até mesmo a sua independência. No entanto, a discussão de hoje gira em torno da brutal diferença entre o que a União arrecada do sul e o que nos é repassado, diga-se de passagem, a maior diferença de todas as regiões, por óbvio, a favor da União.

E essa ausência de sentimento nacionalista brasileiro reflete nos dias atuais. Afinal de contas, quantos brasileiros empunham a bandeira verde e amarela na comemoração da independência? O 7 de setembro no Brasil é comemorado apenas de quatro em quatro anos e no mês de julho, quando vemos os estandartes figurando por aí em época de copa do mundo.

Por fim, ainda, não faz sentido o Brasil, que se diz um Estado federado, deixar as suas unidades federativas com a competência residual. Mas isso é tema para um outro artigo.

HARTMAN, Ivar. Aspectos da Guerra dos Farrapos. Feevale: Novo Hamburgo, 2002.

SANT'ANA, Elma, "Bento e Garibaldi na Revolução Farroupilha", Caderno de História, nº 18, Memorial do Rio Grande do Sul. Edição Eletrônica.


Bem penetrados da justiça de sua santa causa, confiando primeiro que tudo, no favor do juiz supremo das nações, eles têm jurado por esse mesmo supremo juiz, por sua honra, por tudo que lhes é mais caro, não aceitar do governo do Brasil uma paz ignominiosa que possa desmentir a sua soberania e independência”.

Bento Gonçalves

Donnerstag, Juli 29, 2010

Twitter?

Antes que me perguntem, não sou usuário e não vislumbrei utilidade alguma para mim nessa coisa.

Realmente, postar uma pá de imbecilidades no Twitter, como “estou na aula”, “fui cagar” e outras besteiras é grotesco. Será que alguém realmente se importa com o que você posta? Faria falta não sabermos que você foi cagar? Dias atrás li uma nota na Gazeta do Povo sobre o Twitter: “...a grande ferramenta de comunicação...” Comunicar o que? As pessoas não tem nada para comunicar em 140 caracteres. É incrível como a burrice cybernetica se propaga, diga-se de passagem, em velocidade muito superior a da banda larga mundial. Antes, ao menos, os burros eram humildes. Ficavam em seus cantos ouvindo, desconsolados, sem entender os mais inteligentes. Agora não, pois o Twitter deu oportunidade aos idiotas se manifestarem.

Pior ainda são os tais dos “seguidores”, que tem o trabalho de ir até a sua página e fazer um comentário idiota sobre o que você está fazendo. Ou seja: primeiro um cão deprimente uiva uma asneira. Depois o outro, não diferente, responde. Será isso culpa da solidão, de uma ausência de contato físico? O “Cybermundo” não tem limites. A ignorância e a falta de inteligência também não. O que se vê hoje no Twitter é a prova disso.

Todos são livres de fazer tudo que a lei não os proíbe (Art. 5, II, CF), mas em termos de internet, isso mostra o vazio que esse tipo de ferramenta desperta nos usuários. Sem contar que a internet, sem dúvidas, amplia o acesso à expressão, de forma democrática. No entanto, o que se vê é o aumento de tolices e idiotices. A quantidade de asneiras na internet é tão grande que realmente fica difícil de achar algo serio, com credibilidade. E o cenário não é dos melhores: justamente pessoas influentes, que deveriam dar o exemplo já aderiram à política débil. É fácil encontrar celebridades e políticos ecoando, via Twitter, merdas a granel, como o seu Roberto Requião que, ora usa a sua página para desabafar como uma criança que escreve no diário, ora para alfinetar e falar mal dos outros. Sinceramente, tenho pena de pessoas que gastam parte do seu precioso tempo com uma ferramenta que, além de não lhe trazer benefício algum, mostra o que ela realmente é: um imbecil on-line.

E olha que eu não abordo na discussão os perfis falsos e o maldito do “internetês”.

Por óbvio, não posso dizer que o Twitter pode ser uma ferramenta interessante, mas frise-se: quando bem utilizada. A Policia Rodoviária Federal, por exemplo, atualiza constantemente sua página com informações sobre acidentes, congestionamentos, neblina, que são sempre úteis ao motorista. Sites de RH e recrutamento podem disponibilizar anúncios de emprego. Simples e útil. Basta, quem tem, por o cérebro para funcionar.

Montag, Juli 05, 2010

Linha Verde: detalhes empíricos

Na quinta feira da semana passada, tive a oportunidade de andar de ônibus pela Linha Verde, obra esta que foi taxada como a principal do governo Beto Richa à frente da prefeitura de Curitiba, e que é sempre alvo de muitas críticas por parte de quem depende desta para ir e vir nesta grande cidade. E o que postarei aqui é uma breve análise limitada ao transporte coletivo.

O passeio é bem interessante. Logo no embarque da linha Pinheirinho / Carlos Gomes, considerando que estávamos no horário de pico (por volta das 18:15), esperava por algo caótico, beirando a desordem que geralmente presenciamos no “rush”. Mas nada disso aconteceu. O ônibus logo chegou, mas esperei o segundo, pois queria ocupar um lugar em que fosse possível reparar e analisar a obra. Primeiro grande detalhe: o articulado não partiu abarrotado, como imaginei.

Logo adentrando pela Av. Marechal Floriano Peixoto, vem o segundo grande detalhe: é impossível não reparar o quão esquisita ela ficou, embora eficiente, no que tange ao seu novo formato. As estações-tubo foram desalinhadas e a avenida possui três faixas em vários trechos, permitindo ultrapassagens dos novos Ligeirões sobre os biarticulados normais. Em vez de andarem reto, agora os imensos biarticulados e articulados ficam “ziguezagueando” pela concretada Marechal. E para finalizar esta parte da analise, é interessante citar que a linha não para em todas as estações da avenida, fazendo com que este ônibus chegue no local da antiga BR-116 antes que os demais.

Muito bem. Ao chegar no viaduto da antiga rodovia, nos deparamos com uma das novidades: as novas estações-tubo. Na Linha Verde, as estações funcionam como uma espécie de “mini terminais”, sendo que de um lado param os articulados e do outro, os alimentadores da região. Ou seja: houve um aumento da integração do transporte coletivo curitibano que, diga-se de passagem, é o mais integrado do Brasil. É claro que eu me lembro muito bem da época em que a Linha Verde foi inaugurada e não me esqueci que os moradores da região reclamaram desse fato. Não da integração, mas porque os itinerários desses alimentadores foram alterados, sendo ainda que, de acordo com as más línguas, houve a diminuição desses mesmos alimentadores que dão suporte a região. Como não sou usuário desses, não me cabe falar sobre.

Ainda falando sobre as estações-tubo (as cinco do trajeto da Linha Verde), elas receberam uma nova maquiagem também: cheia de letreiros eletrônicos e com catracas no estilo das estações de metrô, elas estão mais bonitas. Com bancos e mapas da cidade, ela fornece mais conforto e sofisticação que as antigas. Mas o terceiro grande detalhe foi que, a medida em que o ônibus avançava, ele lotava, a ponto de na última estação ficarem pessoas do lado de fora, curtindo a beleza dos tubos (!).

No entanto, sem dúvida nenhuma, o que mais chama atenção na viagem é o enorme engarrafamento na via para veículos. Como todos sabem, a Linha Verde possui 12 faixas: 6 de ida e volta na via marginal, 4 de ida e volta na via local e as duas centrais exclusivas para ônibus. E enquanto estes seguem viagem, o trânsito de veículos fica parado, assistindo o nosso passeio. E sozinhos - a esmagadora maioria dos veículos com apenas um ocupante – o que nos mostra que o curitibano não pensa duas vezes em sair com carro, nem que seja para se ferrar no trânsito. Isso se deu principalmente no trecho das primeiras estações. Quarto grande detalhe: devido aos semáforos inteligentes, o ônibus não pega sinal vermelho até o Pinheirinho, fazendo com que a viagem seja muito rápida. Quando se dá conta, já chegamos ao destino final. Ou seja: se a Linha Verde é um inferno para quem trafega de carro, de ônibus é só elogios.

Quando se chega na imensidão do terminal do Pinheirinho, logo nota-se a quantidade de pessoas que dependem de transporte coletivo em Curitiba. Apenas para ilustrar, o terminal do Pinheirinho é maior do que as rodoviárias de cidades como Florianópolis, Londrina, Maringá e São José dos Campos (SP).

Por fim, pode-se dizer que a linha Pinheirinho / Carlos Gomes cumpre seu papel. O transporte é rápido e eficiente. Não é objetivo analisar a Linha Verde como um todo, mas cumpre ressaltar alguns comentários. Foi feito o plantio de infinitas mudas de árvores nativas e quando estiverem grandes, dará um toque mais ecológico à mesma. E a maioria dos ônibus rodam com biocombustível.

E o último grande detalhe: no decorrer do trajeto, me deparei com uma cena típica curitibana: motorista que insiste em avançar no sinal amarelo e que fica parado no meio do cruzamento. Resultado: exceto nas estações-tubo, essa foi a única vez em que o ônibus parou na Linha Verde. O motorista do articulado foi obrigado a dar a ré e desviar do nada simpático motorista do veículo. O que nos mostra mais uma vez que o curitibano ainda tem muito de aprender no que tange ao trânsito.

Mittwoch, August 20, 2008

Será que a religião é um fenômeno universal? Sera que ela existirá para sempre?

Essas são perguntas que não querem calar. Por isso, vamos fazer aqui um processo dialético entre autores favoráveis e autores contrários.

Cícero: todos os povos acreditam em deues; (origem divina das leis, o direito sagrado)

Plutarco: nunca se viu um povo sem religião ou sem mitos. Ele acreditava que o que é bom e justo vem dos deuses, com os deuses fazendo coisas boas e justas e as enviando ao mundo. Se as pessoas usassem mais da razão, honrariam os deuses por isso. Ele diz que as pessoas se esquecem da bondade e justiça dos deuses e lhes dão atribuições humanas e naturais, como se fossem objetos inanimados, insensíveis e controláveis. Os deuses presidem sobre cada aspecto da vida, e isso é bom;


Scheler: a religião é uma lei essencial para o ser humano. Quem não a tem, a substitui por outra coisa. Ele parte do princípio de que o Nada não existe e em contrapartida considera a existência de um ser Absoluto, que é Deus. Acredita que o homem só pode saber de Deus através da fé que traz em relação a ele, de outra forma isto torna-se impossível. O homem é compreendido, pelo autor, como expressão da divindade, sendo assim, Deus também é homem, mas somente a Deus cabe a onipotência, a onisciência, a infinitude.

Jung: a religião faz parte da estrutura psíquica humana, e quem nega a religião, portanto, nega-se a si mesmo, tornando-se um doente. Para Jung, o homem puramente racional é uma aberração.

Ludwig Feuerbach: (filosofia de Hegel) cada religião diz uma coisa. Mas qual diz a verdade? Não existe síntese entre filosofia e religião. São duas ciências que se excluem. A religião é um produto puramente humano, ilusório, fruto de sua imaginação, para completar algo. A religião é a projeção da imagem humana melhorada, servindo para a compreensão do ser humano. Ela possui um valor hermenêutico, pois compreender Deus é compreender ser humano;

Karl Marx: (também da filosofia de Hegel) a religião nunca se tornará algo material. O sagrado está no mundo da superestrutura, no ideológico, que é sustentado pela infra-estrutura. Para Feuerbach, a religião é uma projeção; para Marx, ela não passa de uma alienação, no sentido de o que é humano é transportado para o ideológico, gerando uma fantasia ou ilusão chamado de sagrado. O que é projetado é negativo (pobreza, ódio, doença); e através da dialética, o sagrado espelha de maneira positiva (riqueza, alegria, saúde etc.) A religião impede as pessoas de ver a real causa do sofrimento, que é a exploração do homem para o homem, transportando as expectativas para uma vida pós-morte, impedindo a transformação social. O homem deveria criar realidades novas na Terra, e não apenas no paraíso. Quando houver igualdade entre os homens, a religião desaparecerá automaticamente.

Freud: a religião surge do Complexo de Édipo. Diz Freud que no inconsciente humano, o filho homem quer a mãe apenas para si. A religião, portanto, é como uma neurose infantil. Não se sabe o que é certo e o que é errado, mas substitui-se o pai e a mãe por outra coisa. Quando o homem não consegue algo que almeja, rende-se à religião, por não ter maturidade mental. Entretanto, o ser humano precisa de uma ética religiosa para criar valores. Quando o ser humano se tornar maduro, não precisaremos mais da religião. Quanto mais imaturos, mais se necessita de algo de fora.

Nietzsche:

Freitag, August 08, 2008

O Mito de Pandora: a esperança é algo bom ou ruim para os homens?

O mito de Pandora, vital para a compreensão da crítica estóica à esperança, é como um segundo capítulo do mito de Prometeu. Diz-se que Prometeu, o mais humanista dentre todos os personagens míticos gregos, revoltando-se contra a pretensa superioridade dos deuses em relação aos homens, roubou-lhes o fogo divino e o concedeu à humanidade. Desde então a raça humana passou a exibir uma centelha de inteligência divina, o que gerou ciumes em Zeus, regente do Olimpo. Afinal, como poderiam os homens exibir a mesma centelha de inteligência dos deuses?

Com o intuito de vingar-se, o senhor dos deuses criou uma mulher belíssima, chamada Pandora, e a enviou ao mundo dos homens portando uma pequena caixa. A despeito de ser advertido contra qualquer presente oriundo de Zeus, Epimeteu - irmão de Prometeu - se viu seduzido pelos encanto de Pandora e aceitou a caixa como um presente de núpcias. De acordo com o poeta Hesíodo, Pandora abriu a caixa movida por uma incontrolável curiosidade e , ao abri-la, liberou todos os males, desgraças e calamidades que aflingem a humanidade. No fundo da caixa, entretanto, restou a esperança.

A interpretação usual desse mito sugere a esperança como uma especie de compensação, uma possibilidade de redenção e superação do sofrimento humano. Uma interpretação estóica, contudo, sugere ser a esperança nada mais do que outro dos males da caixa de Pandora. A esperança, segundo o estoicismo, nos conduz a um estado de paralisia, a uma sujeição a fantasias. Seria, portanto, a vingança final de Zeus contra a humanidade, que ousou a usurpar o fogo dos deuses.

Montag, März 03, 2008

Existe alma gêmea?

Vejam só o que a mitologia grega diz:

Vênus e Eros criaram o amor e a harmonia. Tudo começou no Olimpo há muitos milênios atrás, quando a civilização era habitada por seres míticos, que possuiam quatro braços, quatro pernas, duas cabeças, dois troncos, sendo um feminino e outro masculino, e assim por diante, mas com apenas uma alma, rica em harmonia e amor.

Os Deuses, com inveja da "sintonia" entre almas dos míticos, ficaram enfurecidos e assim começou uma grande batalha. Utilizaram como armas uma duradoura chuva com trovões e relâmpagos. Vênus e Eros tentaram impedir esta guerra, mas não obtiveram sucesso. Os relâmpagos atingiam os seres de uma forma brutal, separando os corpos femininos dos masculinos e também suas almas ao meio.

Nesta confusão, estes corpos foram arrastados pelas águas, e assim se perderam uns dos outros, ficando sozinhos mas sobrevivendo. Foram dois dias e duas noites de fúria dos deuses, e ao término da batalha, cada ser separado iniciou a busca de sua outra metade, a sua "Alma Gêmea".

Desde muito muito muito tempo, ocorrido tal fato, eu posso dizer que já achei a minha!!! TE AMO!!!!!

Montag, Februar 18, 2008

Emos são tão ruins assim?

Se forem comparados com manos, a resposta seria de imediato: não, nem um pouco. É bom deixar claro que esse que escreve não é e nem ouve as tais músicas. Mas, com tantos manos fazendo baderna por todos os lugares, eu não consigo entender por que existem pessoas que não gostam dos Emos. Eles são legais, ficam na deles, não fazem arruaça por aí. Ficam lá no Shopping Müeller, sem atormentar ninguém. Já os manos, experimente ir ao Parque ou ao ParkShopping Barigüi aos domingos pela tarde! Não possuo um pre-conceito desse povo justamente porque não me canso de vê-los sempre fazendo as mesmas coisas: falando em gírias horríveis, pixando tudo o que vêem pela frente, vandalizando o patrimônio que são de todos, inclusive deles também e achando isso o máximo. Pior ainda é o fato deles mexerem com quem está passando na rua, se achando no direito de incomodar e até mesmo ofender os outros. Isso é ridículo. Assim fica facil dizer que eles são a parcela excluída da sociedade. Vale lembrar que existem muitos playboys metidos a manos, e que gostam de fazer isso tudo que citei linhas acima devidos aos seus papais queridos realizarem todos os seus dejesos, inclusive de os proteger. Por isso, brincadeiras a parte, os Emos não estão na minha lista de inimigos; pelo contrario, o gênero deles descende do Rock' n' Roll (não do verdadeiro Rock' n 'Roll, mas daquilo que a mídia e o sistema chama de tal. Mesmo assim, é melhor que hip hop). Se são posers ou não, isso é um problema de cada um deles. Se eles não tem idéias próprias e não falam sobre problemas sociais e realidades, e que apenas comentam sobre cds e clipes musicais, e que tomaram vinho e ficaram bêbados na sexta-feira a noite, com certeza isso veio de alguém que não faz parte da tribo, e que não se sabe se é verdade ou não. Até porque, ressalto, eles são fechados. E se for assim, foda-se também! Lembre-se: Emos são incômodos para aqueles que os discriminam, por algum motivo; manos são incômodos para todos, exceto para eles mesmos que não se mancam de quão inconvenientes são.

Montag, Dezember 13, 2004

ESTOU EXTREMAMENTE INDIGNADO

Aqui estão minhas palavras que enviei a redação do Jornal da Globo, em relação à morte de Dimebag Darrell e às declarações de Arnaldo Jabor, aquele imbecil.

"De acordo, o protagonista desse trágico episódio é um babaca. Não poderia fazer o que fez. Mas o que realmente não poderia acontecer eram as palavras de Arnaldo Jabor. Esse cidadão só difamou o Heavy Metal em todos os sentidos. Como que alguem pode dizer que shows de Rock mais pareciam comissios facistas? Eu, como fã, admirador e quem respeita todos os gêneros e subgêneros do Heavy Metal exponho aqui minha indignação. O Heavy Metal é um estilo onde há muito fanatismo, como no futebol, por exemplo. Mas se um torcedor fanático pelo seu clube matasse um jogador por qualquer motivo, a repercussão não seria como a morte de Dimebag Darrell. Vejamos se o futebol foi difamado quando um torcedor matou um jogador da seleção da Colombia em 1994...Imaginem mães que assistem isso e que tem filhos jovens que curtem Heavy Metal...Voces pisaram feio na bola. Acho que no mínimo deveria ser respeitado o gosto de cada um e não falar o que foi falado"

Como o próprio site Wiplash publicou, "reportagens publicadas pela emissora tem valor. Agressões NÃO."

A família de Dimebag Darrell pediu que todos os preparativos para o seu funeral, levados a cabo pela empresa Moore Funeral Home, de Arlington, não sejam divulgados pela imprensa. Uma cerimônia pública separada em memória ao guitarrista será marcada para uma data posterior. A casa em que Dimebag cresceu, em Arlington, se tornou durante os últimos dias um ponto de encontro onde dezenas de fãs tem prestado suas homenagens ao ídolo. A morte de Darrell tem sido chamada, pela imprensa musical mundial de "o 11 de setembro do Heavy Metal".