Retirado do jornal Tribuna do Paraná de 05/03/2000.
Tudo começou a muitos anos atrás. Santo Inácio teve a Santa Felicidade de conhecer Santa Cândida, menina ingênua de corpo bonito e sorriso maroto. O velho São Francisco não aprovava o namoro, principalmente depois que encontrou os pombinhos abraçados embaixo do Pinheirinho que ficava abaixo do Jardim Social do Sitio Cercado de Fazendinha por todos os lados.
À noite, enquanto o velho não dormia, Inácio tocava Atuba. Cândida comia queijo fundido Bacacheri e tomava água mineral com gás. Aos domingos davam um Passeio Público pelos Prados Velhos onde o Campo (é) Comprido e o Capão (é) Raso. Com um pouco de sorte, encontraram um Bom Retiro com uma Vista Alegre para namorarem no Portão. E graças ao auxílio de um pistolão, Inácio conseguiu escapar do Seminário e eles puderam se casar.
A festa foi bonita e contou com muitos convidados ilustres, entre eles o velho Xaxim, imigrante chinês que divertia todos com suas histórias pitorescas. O baile foi animado pela dupla Cabral e Colombo, que fizeram todos cantarem juntos os seu maior sucesso comercial: a descoberta do Novo Mundo.
No buffet foi servido Bigorrilho assado e Tatuquara empanada no molho Juvevê, acompanhado de Lamenha Pequena fatiada, seguidos de doce de Uberaba com castanha de Cajuru na sobremesa. Os convidados ficaram a Mercês das habilidades da mãe a da moça. Todos brindavam a união num vinho Champagnat.
Eles partiram para a noite de núpcias a bordo de um Tarumã 125 vermelho em direção à torre do Batel, o melhor hotel da época.
O tempo foi passando e eles tiveram filhos: Colombo (em homenagem ao cantor caipira que Inácio gostava), Almirante Tamandaré, Piraquara, São José, garoto difícil, e o caçulinha Mandirituba. E viveram felizes para sempre, comendo pinhão, andando de expresso e tomando leiTE quenTE quE-da-dor-dE-denTE-da-frenTE-da-genTE!
Autor desconhecido
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