Mittwoch, November 22, 2006

Filosofia e Rock 'n' Roll



Em homenagem a minha professora de Filosofia da UniBrasil, Andrea Lobo!

Faixa de impacto, "The End" é uma verdadeira viagem de 11 minutos que tinha a imortal frase: "Pai, quero te matar / Mãe, quero te foder". A música se tornou uma das favoritas dos soldados no Vietnã - mais tarde "The End" foi aproveitada pelo diretor Francis Ford Coppola, em seu épico sobre o Vietnã, Apocalipse Now. Os Doors eram a banda numero 1 da América e Jim Morrison, o maior símbolo sexual do rock desde Elvis Presley. Os shows eram caóticos, com Morrison provocando o público e as autoridades.

Os concertos dos Doors eram na verdade, rituais. Morrison conhecia profundamente a
filosofia de Nietzsche e particularmente suas obras: A origem da tragédia e a cultura dos gregos, as quais o autor postula o espírito dionisíaco em cujo delírio sagrado a natureza abre ao artista suas verdadeiras portas e lhe mostra a face real:

"A música mágica e a conjuração parecem ter sido a forma primitiva e origem de toda a poesia. O homem acostumou-se durante milênios com a conecção do idioma com o ritmo
da música. O poder mágico da dicção rítmica tem sido paulatinamente esquecido.
Distanciamo-nos cada vez mais da nossa origem. A canção mágica é uma conjuração
aos demônios que parecem estar em atividade. A iniciação - cujos mestres foram segundo a mitologia, Orfeu, Musaeu, etc... era fundamentada pelos efeitos catárticos. As canções rituais relacionadas com os antigos mistérios eram
vigorosas e entusiásticas."


(Nietzsche - A cultura dos gregos)
"Da mesma forma que os coribantes possuídos pela febre da dança não realizam suas que evoluções no espaço, segundo uma clara consciência, os poetas líricos
também engendram as mais belas poesias apenas quando a potência da harmonia e do ritmo 'baixa' sobre eles."