Donnerstag, Juli 29, 2010

Twitter?

Antes que me perguntem, não sou usuário e não vislumbrei utilidade alguma para mim nessa coisa.

Realmente, postar uma pá de imbecilidades no Twitter, como “estou na aula”, “fui cagar” e outras besteiras é grotesco. Será que alguém realmente se importa com o que você posta? Faria falta não sabermos que você foi cagar? Dias atrás li uma nota na Gazeta do Povo sobre o Twitter: “...a grande ferramenta de comunicação...” Comunicar o que? As pessoas não tem nada para comunicar em 140 caracteres. É incrível como a burrice cybernetica se propaga, diga-se de passagem, em velocidade muito superior a da banda larga mundial. Antes, ao menos, os burros eram humildes. Ficavam em seus cantos ouvindo, desconsolados, sem entender os mais inteligentes. Agora não, pois o Twitter deu oportunidade aos idiotas se manifestarem.

Pior ainda são os tais dos “seguidores”, que tem o trabalho de ir até a sua página e fazer um comentário idiota sobre o que você está fazendo. Ou seja: primeiro um cão deprimente uiva uma asneira. Depois o outro, não diferente, responde. Será isso culpa da solidão, de uma ausência de contato físico? O “Cybermundo” não tem limites. A ignorância e a falta de inteligência também não. O que se vê hoje no Twitter é a prova disso.

Todos são livres de fazer tudo que a lei não os proíbe (Art. 5, II, CF), mas em termos de internet, isso mostra o vazio que esse tipo de ferramenta desperta nos usuários. Sem contar que a internet, sem dúvidas, amplia o acesso à expressão, de forma democrática. No entanto, o que se vê é o aumento de tolices e idiotices. A quantidade de asneiras na internet é tão grande que realmente fica difícil de achar algo serio, com credibilidade. E o cenário não é dos melhores: justamente pessoas influentes, que deveriam dar o exemplo já aderiram à política débil. É fácil encontrar celebridades e políticos ecoando, via Twitter, merdas a granel, como o seu Roberto Requião que, ora usa a sua página para desabafar como uma criança que escreve no diário, ora para alfinetar e falar mal dos outros. Sinceramente, tenho pena de pessoas que gastam parte do seu precioso tempo com uma ferramenta que, além de não lhe trazer benefício algum, mostra o que ela realmente é: um imbecil on-line.

E olha que eu não abordo na discussão os perfis falsos e o maldito do “internetês”.

Por óbvio, não posso dizer que o Twitter pode ser uma ferramenta interessante, mas frise-se: quando bem utilizada. A Policia Rodoviária Federal, por exemplo, atualiza constantemente sua página com informações sobre acidentes, congestionamentos, neblina, que são sempre úteis ao motorista. Sites de RH e recrutamento podem disponibilizar anúncios de emprego. Simples e útil. Basta, quem tem, por o cérebro para funcionar.

Montag, Juli 26, 2010

Muitas histórias pra contar!

Retirado do jornal Tribuna do Paraná de 05/03/2000.

Tudo começou a muitos anos atrás. Santo Inácio teve a Santa Felicidade de conhecer Santa Cândida, menina ingênua de corpo bonito e sorriso maroto. O velho São Francisco não aprovava o namoro, principalmente depois que encontrou os pombinhos abraçados embaixo do Pinheirinho que ficava abaixo do Jardim Social do Sitio Cercado de Fazendinha por todos os lados.

À noite, enquanto o velho não dormia, Inácio tocava Atuba. Cândida comia queijo fundido Bacacheri e tomava água mineral com gás. Aos domingos davam um Passeio Público pelos Prados Velhos onde o Campo (é) Comprido e o Capão (é) Raso. Com um pouco de sorte, encontraram um Bom Retiro com uma Vista Alegre para namorarem no Portão. E graças ao auxílio de um pistolão, Inácio conseguiu escapar do Seminário e eles puderam se casar.

A festa foi bonita e contou com muitos convidados ilustres, entre eles o velho Xaxim, imigrante chinês que divertia todos com suas histórias pitorescas. O baile foi animado pela dupla Cabral e Colombo, que fizeram todos cantarem juntos os seu maior sucesso comercial: a descoberta do Novo Mundo.

No buffet foi servido Bigorrilho assado e Tatuquara empanada no molho Juvevê, acompanhado de Lamenha Pequena fatiada, seguidos de doce de Uberaba com castanha de Cajuru na sobremesa. Os convidados ficaram a Mercês das habilidades da mãe a da moça. Todos brindavam a união num vinho Champagnat.

Eles partiram para a noite de núpcias a bordo de um Tarumã 125 vermelho em direção à torre do Batel, o melhor hotel da época.

O tempo foi passando e eles tiveram filhos: Colombo (em homenagem ao cantor caipira que Inácio gostava), Almirante Tamandaré, Piraquara, São José, garoto difícil, e o caçulinha Mandirituba. E viveram felizes para sempre, comendo pinhão, andando de expresso e tomando leiTE quenTE quE-da-dor-dE-denTE-da-frenTE-da-genTE!
Autor desconhecido

Freitag, Juli 23, 2010

NAFTA: Ponto.

O presente trabalho tem por intuito pontuar o NAFTA, mostrando apenas os seus benefícios. Críticas ao bloco existem de sobras por aí. Portanto, a leitura é interessante para que se pondere os estudos que enaltecem os pontos ruins com os rendimentos e proveitos deste que é um modelo de zona de livre comércio.

Para citar este trabalho: GUIDOLIN, Felipe. NAFTA: ponto.

1. Entende-se por área de livre comércio um grupo de 2 ou mais territórios aduaneiros entre os quais se eliminam os direitos aduaneiros e as demais normas restritivas ao comércio relativas a praticamente todas as transações efetuadas entre os países-membros. Em uma área de livre comércio, as mercadorias circulam livremente, sem que seja cobrado o imposto de importação no comércio intra-bloco. No entanto, no comércio em relação a terceiros países, cada país possui plena liberdade para definir sua política comercial. Também é importante destacar que a livre circulação de pessoas não é objetivo desse tipo de acordo. Dentro do conceito de blocos econômicos, temos aqui o que é chamado de segunda etapa de integração.

2. O NAFTA (North American Free Trade Agreement) é uma área de livre comércio estabelecida entre E.U.A, México e Canadá, nada mais do que a extensão do acordo de livre comércio entre EUA e Canadá. A única exceção de livre circulação de mercadorias neste bloco recai, além das cláusulas de salvaguarda, nos automóveis.

O NAFTA, ao contrário dos outros modelos, não pretende criar instituições comunitárias supranacionais. Não busca uma federação norte-americana; não pretende uma união alfandegária; não pretende a unificação cambial, nem passou pela cabeça dos seus idealizadores a criação de uma moeda única como, por exemplo, no caso da experiência européia. É um modelo de integração restrita. O bloco preocupa-se também com a solução de controvérsias, criando uma comissão de comércio, formada por ministros de Estado e funcionários ministeriais, para resolver as pendências entre os componentes do NAFTA e, se essa comissão não conseguir resolver, não se pretende criar nenhum tribunal, nenhuma Corte supranacional; a divergência será resolvida por um painel arbitral, constituído a partir de uma lista prévia que os três países já indicaram.

3. Resultados do NAFTA – Segundo Jeff Faux, o NAFTA “procurou ser uma resposta a necessidades específicas, muito distintas, dos três países que o compõem. Nenhum deles tinha em vista, naquele momento, a criação de uma zona de livre comércio. Os Estados Unidos pretendiam nada mais que fortalecer a sua posição junto às Américas, em contraposição ao fortalecimento europeu e ao Japão. Essa era a grande meta dos Estados Unidos com a criação do NAFTA”[1].

Para o governo canadense “o veredicto está claro: o NAFTA foi um grande sucesso para o Canadá e seus sócios norte-americanos, e nós asseguramos que os esforços continuaram no rumo de se atingir o potencial total, uma maior integração e eficiência da economia dos sócios: EUA e México”[2]. Michel Slusarz, que é um crítico do modelo nos EUA, relata: “No fim, quando você olha a economia dos EUA como um todo, o NAFTA não parece estar ferindo a máquina. Nos últimos dois anos, foram somados 3 milhões de empregos à força de trabalho e a taxa de desemprego permanece estável em de cerca de 5-6% - próximo à marca histórica[3]. Ainda, com o NAFTA, o governo canadense implementou uma política econômica onde as empresas em seu território estão trocando os trabalhadores despreparados e desqualificados pelos que possuem uma educação e habilidade maior. O NAFTA é muito mais que um acordo comercial, é uma reforma social em seu mais alto grau. Talvez esteja até a frente dos EUA no NAFTA, pois, proporcionalmente, uma parcela maior de companhias norte americanas pertence a empresas canadenses e é operada por elas do que o contrario. O Bank of Montreal, de acordo com Peter Drucker, é, provavelmente, a principal potencia bancaria de Chicago[4].

O relatório da OMC denominado de “Lessons from NAFTA for Latin American and Caribbean (LAC) Countries: A Summary of Research Finding”, deixa claro que, sem o NAFTA haveria uma queda de 25% nas exportações globais e uma redução em torno de 40% do investimento direto estrangeiro (IDE), que foi excepcionalmente alto em 1994-95, e que a renda per capita de US$ 5.920 do México em 2002 seria de 4% a 5% menor. Traremos, posteriormente, mais dados relevantes do citado relatório.

4. Teoria Law and Economics – A teoria da Análise Econômica do Direito teve Ronald Coase, Richard Posner e Guido Calabresi como precursores. De acordo, preza-se por uma noção da analise do direito através de sua eficácia no âmbito econômico. A questão hermenêutica desta teoria é justamente analisar, do ponto de vista econômico, o que é mais eficaz. Richard Posner, demonstrou que os conceitos de economia podem ser usados em todas as áreas do direito[5]. Para ilustrar, imaginemos a seguinte situação: do ponto de vista econômico, é mais fácil revisar um contrato ou dá-lo seguimento? Ou ainda: uma indústria que polui e afeta diretamente quem reside próximo a ela. Retira-se a indústria ou as casas? Para ambos os casos, a alternativa seria a segunda. No entanto, não cabe aqui esgotar os pressupostos teóricos desta, tão pouco em julgá-la mas sim, enfatizar que o acordo do NAFTA é, em evidencias, banhado pelas suas essências, principalmente no que tange ao capítulo 11 do acordo. Pelo acordo do NAFTA, uma empresa pode processar um país e pedir indenização se seus lucros forem afetados por mudanças na lei. A Esso processou o Canadá depois que o país ameaçou boicotar seus produtos devido à alta taxa de produtos químicos em sua composição. O governo não só voltou atrás como deu US$ 20 milhões para a empresa e escreveu uma carta pedindo desculpas.

5. México - Muita coisa mudou no país latino-americano depois de sua entrada no NAFTA, ou TLCAN, como é chamado por lá. Há um fenômeno interessante, que ajudou no processo de integração, chamado fenômeno das maquiladoras, que é fortemente criticado. De qualquer maneira, essas maquiladoras criaram um processo de integração comercial muito grande entre Estados Unidos e México que antes, praticamente, não havia. De acordo com Peter Drucker, “os EUA não comandam o bloco como se pensou que aconteceria. Ao contrario: México e Canadá estão muito fortalecidos. A integração do México, por exemplo, ocorre em ritmo acelerado. O fenômeno principal não são as empresas dos EUA que estão se mudando para o México – a cidade de Monterey já é um importante centro de matrizes de empresas norte-americanas - o interessante são as empresas mexicanas que estão se mudando para o sul dos EUA"[6] . Tomemos como exemplo o caso da industria de cimento no sul dos EUA, que agora é dominada por uma empresa mexicana, a Cemex.

De acordo com Altamiro Borges, “com o aval e a proteção dos EUA, sob o arcabouço do NAFTA, o México se tornou uma das opções mais rentáveis e estáveis para os investimentos privados. As agências avaliadoras de riscos atestam que o produto-país é confiável e lucrativo”[7]. Isso faz também com que seja atraídos investimentos de países que não participam do bloco ao México.

Além do mais, o processo normal de migração rural para centros urbanos que é típica de economias em desenvolvimento foi revertido desde a adoção do NAFTA. Houve um pequeno aumento da população rural entre 1991 e 1997.

A atividade de exportação é um dos principais geradores de empregos no país. A cada dia aumenta o número de micro e pequenas empresas com vendas ao exterior, o que contribui com pelo menos na metade do crescimento do PIB mexicano. Como relata Díaz-Bautista, estudioso mexicano sobre o NAFTA, “nos últimos 10 anos, a liberalização do comércio e as políticas macroeconômicas do México incrementaram as exportações de 41.000 milhões de dólares em 1990 à 166.000 milhões de dólares, tendo, de igual forma, um aumento de 310% nas importações mexicanas”[8]. Ainda de acordo com seu relatório, é possível afirmar que somente durante os sete primeiros anos, o comércio mexicano com os países do bloco triplicaram; em 2000 o intercâmbio trilateral alcançou a incrível marca de 679 bilhões de dólares em e esta taxa continua aumentando, em média, 11% ao ano, mais que a média mundial, que é de 7%.

É preciso mencionar que o NAFTA não trouxe um impacto devastador, como se esperava, para a agricultura mexicana. Ao contrário, o mercado aumentou. E essa evolução deve-se em ampla medida à diminuição relativa dos preços dos produtos agrícolas, 20% entre 1993 e 2003, acentuada particularmente no caso dos principais produtos da agricultura: milho e feijão. Apesar da adoção de cláusulas transitórias por um período de 15 anos no NAFTA, o preço desses produtos teve uma redução de 44% entre 1993 e 2002. A produção total cresceu no período do tratado. A indústria de milho aumentou em 22% durante o período de 1993-2005, passando de 18 a 22 milhões de toneladas [9].

Tal fato deve-se à eficácia das novas políticas de apoio do governo mexicano, mais favoráveis aos pequenos produtores. Foram instituídas políticas cada vez mais específicas, multiplicadas em numerosos programas e administrações (tabela em anexo), fazendo uso de operadores não necessariamente públicos, como ONGs [10].

6. Falha do México – Não é o objetivo dessa exposição realizar uma análise sobre cláusulas de salvaguarda em geral. No entanto, determinadas alterações nas práticas comerciais desiguais, como antidumping e medidas compensatórias facilitaria a vida do México[11].

De acordo com o supracitado relatório da OMC, nas palavras de William Maloney, co-autor do relatório e principal economista do Banco Mundial no Escritório do Economista-Chefe para a América Latina e o Caribe, visto de uma perspectiva mais ampla, pode-se dizer que a abertura comercial aumentou a demanda de mão-de-obra mexicana mais qualificada, um desafio que o sistema educacional precisa estar preparado para enfrentar [12]. No que tange respeito aos agricultores mexicanos, inclusive aqueles no nível de subsistência, fica evidente que estes não sofreram impactos negativos do NAFTA, como se temia e como já posto anteriormente, embora sejam necessárias melhores políticas para a agricultura não irrigada, que não se destina à exportação.

Em suma, o estudo conclui que as deficiências do México nos setores de educação e de pesquisa e desenvolvimento limitam o poder do NAFTA de colocar o país no mesmo nível de progresso tecnológico dos EUA ou mesmo de países como a Coréia do Sul.
Notas:

1. FAUX, Jeff. Sete anos de Nafta: Seu impacto sobre os trabalhadores no Canadá, Estados Unidos e México. Economic Policy Institute. São Paulo: Solidarity Center, 2002.

2. Government of Canada. Acessado em 22/03/2010. Tradução nossa: The verdict is clear: the NAFTA has been a great success for Canada and its U.S. partners, and we ensure that efforts continued on course to achieve the full potential of greater integration and efficiency of the economy of the partners: U.S and México”.

3. SLUSARZ, Michael. NAFTA - North American Free Trade Agreement. University of Colorado at Boulder. 2004. Tradução nossa: In the end, when you look at the U.S. economy as a whole, NAFTA does not appear to be hurting the machine. Over the past two years, were added 3 million jobs to the workforce and the unemployment rate remains stable at around 5-6% - almost the historic mark.

4. DRUCKER, Peter. O que diz o grande mestre. HSM Management. São Paulo: v.4, n.45, p.26, 2004.

5. POSNER,Richard. Economic Analisys of Law. Boston: Little Brown, 1977. p.15 e 16.

6. DRUCKER, Peter. O que diz o grande mestre. HSM Management. São Paulo: v.4, n.45, p.22, 2004.

7. BORGES, Altamiro. A trágica experiência do Nafta. Revista Espaço Acadêmico: n.13, junho de 2002.

8. DÍAZ-BAUTISTA, Alejandro. El TLCAN y el crecimiento económico de la frontera norte de México. Comércio exterior, nº 53, V. 12. P.4. Tradução nossa: En el último decenio la liberación del comercio y las políticas macroeconómicas de México incrementaron las exportaciones de 41 000 millones de dólares en 1990 a 166 000 millones en 2000. De igual forma, se tuvo un incremento de 310% en las importaciones mexicanas de 1990 a 2000.

9. LEONARD, Éric; LOSCH, Bruno; RELLO, Fernando. Recomposiciones de la economía rural y mutaciones de la acción pública en el México del TLCAN. 2007. 24 mai 2010. URL: http://trace.revues.org/index607.html

10. APPENDINI, Kevin - Todavía está el Estado: los nuevos arreglos institucionales para el campo. Resenha do Seminario sobre el Estado mexicano: Herencias y cambios, 30/10/2003. CIESAS, México.

11. LUZ, Rodrigo. Relações Econômicas Internacionais: Teoria e Questões. P.37. São Paulo, 2008: Campos.

12. Relatório da OMC Lessons from NAFTA for Latin American and Caribbean (LAC) Countries: A Summary of Research Finding. Tradução nossa: viewed from a broader perspective, one can say that trade liberalization has increased the demand for manpower Mexican more qualified. And this is a challenge that the educational system must be prepared to face.

Mittwoch, Juli 21, 2010

Para juiz, URBS não tem direito de aplicar multas.

Retirado de Paraná On-line.

Teria a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) o direito de aplicar multas de trânsito? Para um juiz aposentado da capital, que não quis se identificar, não. Ele entrou, há duas semanas, na 4.ª Vara da Fazenda Pública com um mandado de segurança contra a autarquia. O motivo alegado é o de que a Urbs não teria competência para tal atribuição. O advogado do reclamante, Nivaldo Migliozzi, conta que utilizou o mesmo argumento do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) para questionar a legalidade das multas aplicadas pela Urbs. “O MP-MG questionou a mesma coisa contra a Empresa de Transportes de Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans). Na última instância, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou o pedido e a BHTrans não pode mais aplicar multas. Acredito que somente tem esse direito quem tem poder de polícia, o que não é o caso da autarquia curitibana”, afirma. A assessoria de comunicação da Urbs informou que ainda não foi notificada sobre a ação e que por isso não irá se pronunciar a respeito desta polêmica.

Mais detalhes, assim que disponíveis.

Jogo de Copas: vejam a minha proeza!


Clique na figura para aumentá-la! Detalhe: o objetivo do jogo de Copas é ter a menor pontuação no final!

Montag, Juli 19, 2010

Citações sobre o impasse da copa em Curitiba!

O impasse que ocorre entre BNDES, Clube Atlético Paranaense, Governo do Estado do Paraná e Prefeitura Municipal de Curitiba renderam alguns bons comentários na internet. Fazendo uma breve pesquisa e dando uma pequena polida nas frases, mas sem atingir seu conteúdo, selecionei algumas para figurarem aqui. Tirem suas próprias conclusões sobre Arena Copel & Cia:

"Tiago Recchia disse tudo em sua charge (sobre o CAP): time mendigo, miserável, metido a rico! Comentário: resta saber porque assinaram um termo de compromisso".

"Acharam que tinham o melhor e mais moderno estádio do mundo e agora tão com as calças na mão, querendo GANHAR um estádio dos políticos".

"O Clube Atlético Paranaense é uma comédia: querem dinheiro financiado do BNDES e não querem dar nenhum bem em garantia. São patéticos mesmo..."

"Do encontro no Palácio das Araucárias, que começou às 16h e se estendeu até o começo da noite, os 12 participantes saíram com uma convicção: só o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode salvar a Copa na capital paranaense. Ano de eleição. Então esqueça! Curitiba corre o risco de ficar fora da copa por atitudes irresponsáveis desses políticos torcedores. A FPF apresentou uma proposta em parceria com 2 grandes construtoras para o Pinheirão, na indicação de Curitiba, que foi ignorada, repito, por políticos torcedores".

"Comentário do presidente do CAP: ‘O Atlético não necessita da Copa para ter a Arena concluída. Quem corre o risco de perder investimentos federais é o estado do Paraná e, sobretudo, Curitiba.’ OK, então devido a ganância do CAP, vamos deixar todos os investimentos que seriam feitos na cidade ir para o mesmo lixo também".

"Este CAP é um velhaco caloteiro! Querer inventar um título de potencial construtivo e dar como garantia. Isso é a mesma coisa que vender terreno na lua! Querem dinheiro de graça? Vão trabalhar, vagabundos"!

"ATENÇÃO A TODOS: Para começar, a Copel NÃO É PÚBLICA; 77% (setenta e sete por cento) está aberta ao mercado e espalhada com acionistas no mundo todo; a Copel lucrou 1 bilhão de reais ano passado. Por mês, este ano são 100 milhões; a Copel está entrando no mercado de telefonia fixa e internet e vai precisar investir em publicidade MUITO MAIS QUE ISSO; quer uma publicidade melhor que ter um estádio da Copa por apenas 25 milhões? (já descontados os incentivos fiscais?); Então povo, não seja ignorante e burro. A Copa vai trazer 5 bilhões pra nossa cidade, fora as melhorias na infra-estrutura, metro, etc. Quem é contra este projeto é jacú, burro, ignorante e merece ir para a cadeira elétrica por ser um jumento". Comentário meu: O cara acima não sabe que a Copel não deixa de ter capital público sendo uma sociedade de economia mista.

"Governos de outros estados aplaudirão nossa incompetência e abraçarão esta vaga. Políticos incompetentes que dominam nosso estado e dirigentes incompetentes que dirigem o CAP serão eternamente cobrados por isso, caso a copa não venha prá cá".

"Tem um velho ditado que diz: 'quem vai pagar, assina e dá garantias'. Intervir junto ao presidente da república para ‘flexibilizar garantias’ é, no mínimo, uma demonstração de querer empurrar a futura dívida (se é que ocorrerá) com a barriga".

"O Algacir Túlio é o mais podre de todos. Vejam seu comentário: ele disse que o estado tem caixa para investir na Arena da Baixada, pois recebeu um bom dinheiro com a revisão da multa do banco Banestado. Nem se preocupa em mencionar o uso do dinheiro do povo em obra particular. Por isso é o 'Secretário da Copa'. Sempre foi sujo, e se der tudo errado, ele será o laranja, pois tem uma grande 'ficha corrida'".

Em resposta ao comentário anterior: "Você se refere ao 'Algacir Tulius Larapius Banestadus'? Aquele mesmo que formou quadrilha dentro do Banestado e tem a petulância de falar em multa do Banestado? Em pronunciar ainda o nome BANESTADO? O cara é quase um analfabeto e colocam-no como secretário da copa? Deus nos salve. Amém".

"Para mim a Arena Copel somente viabiliza uma nova maneira dos políticos nos roubarem. É a autorização inicial para o cometimento de muitos crimes com o dinheiro público em empreendimentos particulares. Qual será a próxima 'viabilização' que vão inventar"?

E para finalizar: "Os políticos estão preocupados mesmo é com o dinheiro que Curitiba receberia do governo federal para sediar o evento. Estes bilhões já devem estar negociados entre essa corja maldita".

Mittwoch, Juli 14, 2010

Músicos de Schwabenland

Ich bin ein Musikante
und komm aus Schwabenland.

Wir sind die Musikanten
und kommen aus Schwabenland.

Ich kann spielen,
wir können spielen.

Ich kann spielen,
wir können spielen

auf dem E-Bass,
auf dem E-Bass.

Montag, Juli 05, 2010

Linha Verde: detalhes empíricos

Na quinta feira da semana passada, tive a oportunidade de andar de ônibus pela Linha Verde, obra esta que foi taxada como a principal do governo Beto Richa à frente da prefeitura de Curitiba, e que é sempre alvo de muitas críticas por parte de quem depende desta para ir e vir nesta grande cidade. E o que postarei aqui é uma breve análise limitada ao transporte coletivo.

O passeio é bem interessante. Logo no embarque da linha Pinheirinho / Carlos Gomes, considerando que estávamos no horário de pico (por volta das 18:15), esperava por algo caótico, beirando a desordem que geralmente presenciamos no “rush”. Mas nada disso aconteceu. O ônibus logo chegou, mas esperei o segundo, pois queria ocupar um lugar em que fosse possível reparar e analisar a obra. Primeiro grande detalhe: o articulado não partiu abarrotado, como imaginei.

Logo adentrando pela Av. Marechal Floriano Peixoto, vem o segundo grande detalhe: é impossível não reparar o quão esquisita ela ficou, embora eficiente, no que tange ao seu novo formato. As estações-tubo foram desalinhadas e a avenida possui três faixas em vários trechos, permitindo ultrapassagens dos novos Ligeirões sobre os biarticulados normais. Em vez de andarem reto, agora os imensos biarticulados e articulados ficam “ziguezagueando” pela concretada Marechal. E para finalizar esta parte da analise, é interessante citar que a linha não para em todas as estações da avenida, fazendo com que este ônibus chegue no local da antiga BR-116 antes que os demais.

Muito bem. Ao chegar no viaduto da antiga rodovia, nos deparamos com uma das novidades: as novas estações-tubo. Na Linha Verde, as estações funcionam como uma espécie de “mini terminais”, sendo que de um lado param os articulados e do outro, os alimentadores da região. Ou seja: houve um aumento da integração do transporte coletivo curitibano que, diga-se de passagem, é o mais integrado do Brasil. É claro que eu me lembro muito bem da época em que a Linha Verde foi inaugurada e não me esqueci que os moradores da região reclamaram desse fato. Não da integração, mas porque os itinerários desses alimentadores foram alterados, sendo ainda que, de acordo com as más línguas, houve a diminuição desses mesmos alimentadores que dão suporte a região. Como não sou usuário desses, não me cabe falar sobre.

Ainda falando sobre as estações-tubo (as cinco do trajeto da Linha Verde), elas receberam uma nova maquiagem também: cheia de letreiros eletrônicos e com catracas no estilo das estações de metrô, elas estão mais bonitas. Com bancos e mapas da cidade, ela fornece mais conforto e sofisticação que as antigas. Mas o terceiro grande detalhe foi que, a medida em que o ônibus avançava, ele lotava, a ponto de na última estação ficarem pessoas do lado de fora, curtindo a beleza dos tubos (!).

No entanto, sem dúvida nenhuma, o que mais chama atenção na viagem é o enorme engarrafamento na via para veículos. Como todos sabem, a Linha Verde possui 12 faixas: 6 de ida e volta na via marginal, 4 de ida e volta na via local e as duas centrais exclusivas para ônibus. E enquanto estes seguem viagem, o trânsito de veículos fica parado, assistindo o nosso passeio. E sozinhos - a esmagadora maioria dos veículos com apenas um ocupante – o que nos mostra que o curitibano não pensa duas vezes em sair com carro, nem que seja para se ferrar no trânsito. Isso se deu principalmente no trecho das primeiras estações. Quarto grande detalhe: devido aos semáforos inteligentes, o ônibus não pega sinal vermelho até o Pinheirinho, fazendo com que a viagem seja muito rápida. Quando se dá conta, já chegamos ao destino final. Ou seja: se a Linha Verde é um inferno para quem trafega de carro, de ônibus é só elogios.

Quando se chega na imensidão do terminal do Pinheirinho, logo nota-se a quantidade de pessoas que dependem de transporte coletivo em Curitiba. Apenas para ilustrar, o terminal do Pinheirinho é maior do que as rodoviárias de cidades como Florianópolis, Londrina, Maringá e São José dos Campos (SP).

Por fim, pode-se dizer que a linha Pinheirinho / Carlos Gomes cumpre seu papel. O transporte é rápido e eficiente. Não é objetivo analisar a Linha Verde como um todo, mas cumpre ressaltar alguns comentários. Foi feito o plantio de infinitas mudas de árvores nativas e quando estiverem grandes, dará um toque mais ecológico à mesma. E a maioria dos ônibus rodam com biocombustível.

E o último grande detalhe: no decorrer do trajeto, me deparei com uma cena típica curitibana: motorista que insiste em avançar no sinal amarelo e que fica parado no meio do cruzamento. Resultado: exceto nas estações-tubo, essa foi a única vez em que o ônibus parou na Linha Verde. O motorista do articulado foi obrigado a dar a ré e desviar do nada simpático motorista do veículo. O que nos mostra mais uma vez que o curitibano ainda tem muito de aprender no que tange ao trânsito.