Donnerstag, Januar 12, 2006

Review - Keeper of The Seven Keys - The Legacy

Confesso que torci o nariz quando li que os alemães do Helloween iriam batizar seu próximo CD com o nome dos clássicos “Keepers Of The Seven Keys”. Afinal, clássicos são clássicos e macular o nome dos CDs que praticamente definiram todo um estilo (o metal melódico) é no mínimo uma heresia. A banda teria que estar com um CD mais que fenomenal nas mãos, para poder pensar em lançar algo com esse nome. Mas os próprios membros da banda se apressaram em dizer que não se tratava de uma continuação (até porque teoricamente, a história se encerrou no CD “Master of the Rings”), e sim do legado do guardião das sete chaves. Os caras resolveram pegar tudo o que já fizeram e tacar num caldeirão, resultando num CD interessante, mas pouco inovador, a princípio. Nada mais prático para faturar uns cobres a mais, não?

O disco abre com a alucinante The King of 1000 Years com seus modestíssimos 14 minutos lotados de riffs, mudanças de andamento, partes “speed” e partes pesadas – quase uma “Halloween Revisited”. Invisible Man poderia ter sido gravada no Better Than Raw, pela agressividade e melodia, com destaque para o solo matador de Markus Grosskopf no baixo e a performance do batera estreante Dani Löble, enquanto Born On Judgement Day traz de volta o “speed” alucinante do “debut” “Walls of Jericho"! Seria a "Falling Higer" do álbum! Pleasure Drone poderia ser comparada com "A Little Time" do Keeper I! Mrs. God responde pelo momento mais “pop” do CD. Suave, simples e quase infantil, tende a ser injustamente comparada a “Dr. Stein” (muito superior, e cuja letra é realmente criativa), mas bacana também. O primeiro CD é encerrado com Silent Rain, um Helloween mais hard-rock tipicamente Andi Deris, que por sinal varia vocais, experimenta efeitos e tem neste CD uma performance mais que fantástica.

A segunda parte se inicia com a interessantíssima Occasion Avenue (com trechos de músicas dos “Keepers” em volume baixo), como se uma rádio estivesse sendo sintonizada. Logo em seguida a música começa numa sessão de riffs cadenciados, efeitos nas vozes, e agora sim temos um Helloween apostando numa sonoridade mais moderna (ecos de “Mr. Ego” passeiam pela faixa) nos seus modestos 12 minutos. As guitarras soam modernas e pesadas, num dos melhores trabalhos da dupla Weikath/Gestner. Uma das, se não for a melhor. Quem explica Light the Universe é o site Whiplash: "... traz um interessante dueto com Candice Night (a gostosona que além de ser bonita canta horrores e só tem um defeito: é casada com Ritchie Blackmore), numa música “mezzo” lenta “mezzo” pesada de muito bom gosto." Ou seja, essa é a slow do disco. Do You Know What You Are Looking For lembra muito os tempos Pink Cream 69, completamente Hard Rock, cadenciada e pesada. A próxima é Come Alive, que seria o single (no lugar de Mrs. God). The Shade In The Shadows é uma canção muito bem trabalhada, mas pouco interessante (apesar de, particularmente, gosta-la). Get It Up, da a entender o porque da intenção em viver o passado novamente! Essa é a I Want Out do álbum, encerrando com a épica My Life for One More Day!!

A adaptação de Dani na batera está clara, ainda mais com a presença em algumas músicas de um pedal duplo galopante. Já Marcus é sempre o mesmo nas quatro cordas, sem deixar de ser um baixista muito respeitado. E Sascha cresceu em desenvoltura. Só falta ao ex-integrante do Freedom Call saber que as fotos promocionais não são para books fotográficos!

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