Mittwoch, August 20, 2008

Será que a religião é um fenômeno universal? Sera que ela existirá para sempre?

Essas são perguntas que não querem calar. Por isso, vamos fazer aqui um processo dialético entre autores favoráveis e autores contrários.

Cícero: todos os povos acreditam em deues; (origem divina das leis, o direito sagrado)

Plutarco: nunca se viu um povo sem religião ou sem mitos. Ele acreditava que o que é bom e justo vem dos deuses, com os deuses fazendo coisas boas e justas e as enviando ao mundo. Se as pessoas usassem mais da razão, honrariam os deuses por isso. Ele diz que as pessoas se esquecem da bondade e justiça dos deuses e lhes dão atribuições humanas e naturais, como se fossem objetos inanimados, insensíveis e controláveis. Os deuses presidem sobre cada aspecto da vida, e isso é bom;


Scheler: a religião é uma lei essencial para o ser humano. Quem não a tem, a substitui por outra coisa. Ele parte do princípio de que o Nada não existe e em contrapartida considera a existência de um ser Absoluto, que é Deus. Acredita que o homem só pode saber de Deus através da fé que traz em relação a ele, de outra forma isto torna-se impossível. O homem é compreendido, pelo autor, como expressão da divindade, sendo assim, Deus também é homem, mas somente a Deus cabe a onipotência, a onisciência, a infinitude.

Jung: a religião faz parte da estrutura psíquica humana, e quem nega a religião, portanto, nega-se a si mesmo, tornando-se um doente. Para Jung, o homem puramente racional é uma aberração.

Ludwig Feuerbach: (filosofia de Hegel) cada religião diz uma coisa. Mas qual diz a verdade? Não existe síntese entre filosofia e religião. São duas ciências que se excluem. A religião é um produto puramente humano, ilusório, fruto de sua imaginação, para completar algo. A religião é a projeção da imagem humana melhorada, servindo para a compreensão do ser humano. Ela possui um valor hermenêutico, pois compreender Deus é compreender ser humano;

Karl Marx: (também da filosofia de Hegel) a religião nunca se tornará algo material. O sagrado está no mundo da superestrutura, no ideológico, que é sustentado pela infra-estrutura. Para Feuerbach, a religião é uma projeção; para Marx, ela não passa de uma alienação, no sentido de o que é humano é transportado para o ideológico, gerando uma fantasia ou ilusão chamado de sagrado. O que é projetado é negativo (pobreza, ódio, doença); e através da dialética, o sagrado espelha de maneira positiva (riqueza, alegria, saúde etc.) A religião impede as pessoas de ver a real causa do sofrimento, que é a exploração do homem para o homem, transportando as expectativas para uma vida pós-morte, impedindo a transformação social. O homem deveria criar realidades novas na Terra, e não apenas no paraíso. Quando houver igualdade entre os homens, a religião desaparecerá automaticamente.

Freud: a religião surge do Complexo de Édipo. Diz Freud que no inconsciente humano, o filho homem quer a mãe apenas para si. A religião, portanto, é como uma neurose infantil. Não se sabe o que é certo e o que é errado, mas substitui-se o pai e a mãe por outra coisa. Quando o homem não consegue algo que almeja, rende-se à religião, por não ter maturidade mental. Entretanto, o ser humano precisa de uma ética religiosa para criar valores. Quando o ser humano se tornar maduro, não precisaremos mais da religião. Quanto mais imaturos, mais se necessita de algo de fora.

Nietzsche:

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